Perguntas frequentes – Dermolipectomia abdominal (abdominoplastia)

1. Quantos quilos vou emagrecer com a dermolipectomia abdominal?
R: Sendo uma cirurgia que retira determinada quantidade de pele e gordura, evidentemente haverá uma redução no peso corporal, que varia de acordo com o volume do abdômen de cada paciente. Não são, entretanto, os “quilos” retirados que definirão o resultado estético, mas sim as proporções que o abdômen mantenha com o restante do tronco e os membros. Paradoxalmente, os abdômens que apresentam melhores resultados estéticos são justamente aqueles em que realizmos as menores retiradas.
Assim é na maioria das mulheres que apresenta certa “flacidez” do abdômen após um ou vários partos, com predominância de pele sobre a quantidade de gordura localizada na região. Estes casos nos permitem excelentes resultados.
Em outros casos, em que o paciente está com o peso acima do normal, o resultado também será compensatório e proporcional ao restante do corpo; entretanto, vale a pena lembrar que “excesso de gordura” em outras regiões vizinhas do abdômen (cinturas, axilas, quadris) ainda existirá, o que nos leva a aconselhar àquelas que assim se apresentem a prosseguir com uma diminuição na ingestão de calorias e um aumento no gasto das mesmas.
Nos casos de excesso de gordura, não é conveniente retirar tudo de uma só vez, sendo que mais tarde (em outro tempo cirúrgico) uma lipoaspiração pode melhorar bastante o resultado final.

2. A cirurgia do abdômen deixa cicatriz muito visível?
R: A cicatriz resultante de uma dermolipecitomia localiza-se horizontalmente logo acima da implantação dos pelos pubianos, prolongando-se lateralmente em maior ou menor extensão, dependendo do volume do abdômen a ser corrigido. Esta cicatriz é planejada para ficar escondida sob as roupas de banho (há casos em que uma cicatriz vertical é necessária, e pode ficar fora da roupa de banho) e passará por vários períodos de evolução, como se segue: (observe que a cicatrização é individial e dependente de fenômenos biológicos típicos de cada paciente).
a. Período imediato: Vai até o 30º dia e apresenta-se com aspecto excelente e pouco visível. Alguns casos apresentam discreta reação aos pontos ou ao curativo podendo haver alguma inflamação localizada. A(0) fumante pode ter sérios problemas na cicatrização como necrose de pele,e dificuldade cicatricial.
b. Período mediato: Vai do 30º dia até o 12º mês. Neste período haverá espessamento natural da cicatriz, bem como mudança na tonalidade de sua cor, passando de “vermelho” para o “marrom”, que vai, aos poucos, clareando. Este período, o menos favorável da evolução cicatricial, é o que mais preocupa as pacientes.
É neste período que a paciente pode desenvolver uma cicatriz hipertrófica ou quelóide. O que é dependente do tipo de cicatrização da paciente, sem ter relação direta com o tipo de cirurgia. Como não podemos apressar o processo natural da cicatrização, recomendamos às pacientes que não se preocupem, pois o período tardio se encarregará de diminuir os vestígios cicatriciais nas pacientes que tem uma cicatrização de boa qualidade. As pacientes que desenvolvem cicatriz hipertrófica ou quelóide são tratadas com métodos específicos de acordo com a evolução da cicatriz.
c. Período tardio: Vai do 12º ao 18º mês. Neste período, a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos consistente atingindo, assim, o seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo da cirurgia do abdômen deverá ser feita após este período.

3. Em quanto tempo atingirei o resultado definitivo?
R: Na resposta anterior, fizemos algumas ponderações sobre a evolução da cicatriz. Resta-nos ainda acrescentar algumas observações sobre o novo abdômen, no que tange à sua consistência, sensibilidade, volume, etc.
Nos primeiros meses, o abdômen apresenta uma insensibilidade relativa, além de estar sujeito a períodos de “inchaço”, que regride espontaneamente.
Nesta fase, poderá ficar com aspecto de “esticado” ou “plano”. Com o decorrer dos meses, tendo-se iniciado os exercícios orientados para modelagem, vai-se gradativamente atingindo o resultado definitivo. Nunca se deve considerar como definitivo qualquer resultado, antes de 12 a 18 meses de pós-operatórios.
Quando a paciente tem muita gordura na região do abdômen, pode haver necessidade de uma lipoaspiração posterior porque não se deve retirar tecido em “excesso” na primeira cirurgia se isto for prejudicar a vascularização local ou predispor a complicações . Em alguns casos selecionados pode haver a necessidade também de retoques na cicatriz.

4. É verdade que será feito um umbigo novo?
R: Não. O seu próprio umbigo será transplantado e, se necessário, remodelado. Deve-se levar em conta que, circundando o umbigo existirá uma cicatriz que sofrerá a mesma evolução da cicatriz inferior (descrita no item anterior). Pelo fato de ser uma cicatriz circular, em alguns casos a evolução poderá não ser aquela que se deseja, dando como resultado um aspecto “artificial”. Isto acontece em decorrência da anomalia na evolução cicatricial de certas pacientes, o que, entretanto, é passível de correção, mediante “retoque” sob anestesia local, após alguns meses. Algumas vezes pode ser feita uma cicatriz em forma de fuso no umbigo o que deixa um resultado mais natural. É importante que você discuta com o seu cirurgião como será seu “novo” umbigo para que depois você não ache que o mesmo ficou maior ou menor do que você desejava.

5. A dermolipectomia abdominal corrige aquele excesso de gordura sobra a região do estômago?
R: Nem sempre. Isto depende do seu tipo de tronco (conjunto tórax + abdômen). Se ele for do tipo curto, dificilmente será corrigido. Sendo do tipo longo, o resultado será mais favorável. Também tem grande importância, sob este aspecto, a espessura do panículo adiposo (espessura da gordura) que reveste o corpo. Este excesso pode ser tratado por uma lipoaspiração posterior, ou concomitante, dependendo do caso.

6. Qual tipo de traje de banho poderei usar após a cirurgia?
R: O tipo de traje dependerá exclusivamente de seu próprio manequim. É claro que os decotes inferiores mais “generosos” ficarão por conta dos casos em que os resultados sejam mais naturais (tangas). Lembre-se que o bisturi do cirurgião apenas aprimora suas próprias formas, que poderão ser melhoradas ainda mais, com cuidados relativos a atividade física e alimentação.

7. Poderei ter filhos futuramente? O resultado não será prejudicado?
R: O seu médico ginecologista lhe dirá da conveniência ou não de nova gravidez. Desaconselhamos uma gravidez até o 18º mês de pós operatório. Quanto ao resultado, poderá ser preservado, desde que na nova gestação seu peso seja controlado.

8. Ouvi dizer que o pós-operatório da dermolipectomia abdominal é muito doloroso. É verdade?
R: Não. Uma dermolipectomia abdominal de evolução normal não deve apresentar dor. O que existe é um grande equívoco por parte de certas pacientes, que são operadas simultaneamente de cirurgias ginecológicas associadas à dermolipectomia abdominal e relatam por isso, dores pós-operatórias. Nos casos em que se realiza lipoaspirações no abdômen ou outras regiões, pode ocorrer dor, tratável com analgésicos habituais. Em alguns casos pode haver perda de sensibilidade geralmente temporária no abdômenn inferior

9. Há perigo nesta operação?
R: Desde que realizada dentro de critérios técnicos, a cirurgia de dermolipectomia abdominal raramente traz sérias complicações. Isto se deve ao fato de se preparar convenientemente cada paciente para o ato operatório, além de ponderarmos sobre a conveniência de associação desta cirurgia simultaneamente a outras.

10. Que tipo de anestesia é utilizada para esta operação? 
R: Anestesia peridural ou similar. Poderá, em casos especiais, ser utilizada a geral.

11. Quanto tempo dura o ato cirúrgico?
R: Em média 3 horas.

12. Qual o período de internação? 
R: De 24hs (evolução normal).

13. São utilizados curativos? 
R: Sim. Uma cinta elástica deve ser utilizada para fazer uma certa compressão e evitar o aparecimento de seromas, que são acúmulos de líquido produzidos pelo organismo que podem aparecer devido a cirurgia. Geralmente são facilmente tratados por punções quando aparecem. São ainda utilizados curativos sobre as cicatrizes por 2 meses.

14. Quando são retirados os pontos? 
R: Do 7º. ao 15º. dia.

15. Quando poderei tomar banho completo? 
R: Geralmente após 7 dias.

16. Qual a evolução pós-operatória? 
R: Você não deve se esquecer que, até que se consiga atingir o resultado almejado, diversas fases são características deste tipo de cirurgia. Assim é que, no item 2, esclarecemos sobre a evolução cicatricial (até o 18º mês).