Perguntas frequentes – Mastopexia e mamoplastia redutora

1. A cirurgia estética de diminuição das mamas deixa cicatrizes?
R: Felizmente, esta cirurgia permite-nos colocar as cicatrizes bastante disfarçadas (em “T”, “L”, “I”, periareolar, etc.), o que é muito conveniente nos primeiros meses. Para melhor esclarecê-la sobre a evolução cicatricial, vamos relatar os diversos períodos pelos quais as cicatrizes infalivelmente passarão:
a. Período imediato: vai até o 30º dia e apresenta-se com aspecto excelente e pouco visível Alguns casos apresentam uma discreta reação aos pontos ou ao curativo.
b. Período mediato: vai do 30º dia até o l2º mês. Neste período haverá um espessamento natural da cicatriz, bem como uma mudança na tonalidade de sua cor, passando do “vermelho para o “marrom” que vai, aos poucos, clareando. Este período, o menos favorável da evolução cicatricial, é o que mais preocupa as pacientes. Como não podemos apressar o processo natural de cicatrização, recomendamos às pacientes que não se preocupem, pois, o período tardio se encarregará de diminuir os vestígios cicatriciais. O processo de cicatrização é individual e cada paciente irá apresentar uma cicatriz final melhor ou pior dependendo de suas tendências pessoais.
c. Período tardio:vai do 12º ao l8º mês. Neste período a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos consistente atingindo, assim, o seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo da cirurgia das mamas deverá ser feita após este período.

2. Onde se localizam as cicatrizes?
R: Dependendo da técnica empregada, poderemos ter variações quanto às cicatrizes. Normalmente existem vários tipos de cicatrizes, dependendo do tipo da mama a ser operada. Assim é que o cirurgião poderá lhe propor cicatriz em “L”, em “I”, “periareolar” ou cicatrizes situadas em forma de “T” invertido, na parte inferior da mama. Aquela situada em torno da aréola fica bastante disfarçada pela própria condição de transição de cor entre a aréola e a pele normal. Com o decorrer do tempo (vide item anterior), as cicatrizes vão ficando bastante disfarçadas.

3. Ouvi dizer que algumas pacientes ficam com cicatrizes muito visíveis. Por que isso acontece?
R: Certas pacientes apresentam tendência à cicatrização hipertófica ou ao quelóide. Esta tendência, entretanto, poderá ser prevista, até certo ponto, durante a consulta inicial, quando lhe fazemos uma série de perguntas sobre sua vida clínica pregressa, bem como características familiares, que muito ajudam quanto ao prognóstico das cicatrizes. Pessoas de pele clara têm menor probabilidade de sofrer desta complicação cicatricial hipertrófica. Algumas pacientes terão cicatrizes piores que outras mesmo com os mesmos cuidados.

4. Existe correção para as cicatrizes hipertróficas?
R: Vários recursos clínicos e cirúrgicos nos permitem melhorar cicatrizes inestéticas, na época adequada. Não se deve confundir entretanto, o “período mediato” da cicatrização normal (do 30º dia até o 12º mês) como sendo uma complicação cicatricial. Qualquer dúvida a respeito da sua evolução deverá ser esclarecida conosco e nunca com terceiros que, como você, “também estão apreensivos quanto ao resultado final”. A injeção de corticóides e a betaterapia podem ser usadas em alguns casos. Em alguns casos, a cicatriz resultante pode não ser a desejada devido a problemas individuais da paciente.

5. Como ficarão minhas novas mamas, em relação ao tamanho e consistência?
R: As mamas podem ter seu volume reduzido através da cirurgia; além disso sua forma também é melhorada com a intervenção. A consistência da mama depende do tipo de tecido preponderante na mama, gorduroso, glândular ou misto. Assim é que, para os casos de redução de volume e levantamento de sua posição, podemos optar por vários volumes, dentro das possibilidades que a mama original nos permita planejar, sem comprometê-la futuramente. Aqui, como no caso do aumento do volume, deverão ser equilibradas as proporções entre o volume da nova mama e o tamanho do tórax da paciente a fim de obtermos maior harmonia estética. Nessa ocasião a flacidez e a forma da mama original são corrigidas; entretanto, “as novas mamas” passam por vários períodos evolutivos:
a. Período imediato: vai até o 30º dia. Neste período, apesar das mamas apresentarem-se com seu aspecto bem melhorado, sua forma ainda está aquém do resultado planejado, pois, até que se atinja a forma definitiva, surgem “pequenos defeitos” aparentes iniciais (inevitáveis em todos os casos), que tendem a desaparecer com o decorrer do tempo. Lembre-se desta observação: Geralmente nenhuma mama fica “perfeita” no pós-operatório imediato.
b. Período mediato:vai do 30º dia até o 8º mês. Neste período, a mama começa a apresentar uma evolução que tende à forma definitiva. Não são raros neste período uma certa insensibilidade ou hipersensibilidade do mamilo, além de maior ou menor grau de “inchaço ” das mamas; além disso, sua forma está aquém da definitiva. Apesar de certa euforia da maioria das pacientes, já neste período, o resultado ficará melhor ainda, pois isto será a característica do 3º período (tardio).
c. Período tardio:vai do 8º ao 18º mês. É o período em que a mama atinge seu aspecto definitivo (cicatriz, forma, consistência, volume, sensibilidade). É neste período que costumamos fotografar os casos operados, afim de compará-los com o aspecto pré-operatório de cada paciente. Tem grande importância, no resultado final, o grau de elasticidade da pele das mamas bem como o volume conseguido. O equilíbrio entre ambos varia de caso para caso.

6. Em quanto tempo atingirei o resultado definitivo?
R: Apesar do resultado imediato ser muito bom, somente entre o 12º e 18º mês é que as mamas atingirão sua forma definitiva (vide item anterior).

7. Qual o tipo de traje de banho que poderei usar, após a cirurgia?
R: No período mediato e tardio qualquer tipo de traje, de uma ou duas peças, desde que a peça superior não fique muito justa. É claro que, após o amadurecimento das cicatrizes os maiôs poderão ser mais “generosos”, a seu critério. Nas grandes reduções mamárias, entretanto, a cicatriz horizontal é um pouco mais extensa o que determinará a escolha do maiô que melhor disfarce sua presença.

8. No caso de nova gravidez, o resultado permanecerá ou ficará prejudicado?
R: O seu ginecologista lhe dirá da conveniência ou não de nova gravidez. Não se aconselha nova gravidez no primeiro ano de pós operatório. Quanto ao resultado, poderá ser preservado, desde que você controle seu aumento de peso na nova gestação. Geralmente não há problema, em caso de nova gravidez. Quando se tratar de mamas muito grandes, que foram reduzidas acentuadamente, a lactação poderá ficar prejudicada. Em casos de pequenas e médias reduções a lactação geralmente pode ser preservada.

9. O pós-operatório desta cirurgia é doloroso?
R: Em geral não, desde que você obedeça às instruções médicas, principalmente no que tange à movimentação dos braços, esforços e demais cuidados nos primeiros dias.

10. Há perigo nesta operação?
R: Raramente a cirurgia plástica mamária sofre complicações sérias. Isto se deve ao fato de se preparar devidamente cada paciente, além de ponderarmos sobre a conveniência de associação desta cirurgia, simultaneamente a outras. O perigo não é maior ou menor que viajar de avião, automóvel, ou atravessar uma via pública. Alguns fatores como estado de saúde, tabagismo, obesidade, problemas emocionais e psíquicos podem aumentar o risco cirúrgico. Trombose de membro inferior e embolia pulmonar podem ocorrer,embora raramente, em qualquer procedimento que a (o ) paciente fique imobilizado no pós-operatório. Outras complicações como deiscência de sutura, hematoma, infecção e seroma podem ocorrer embora raramente. Casos de necrose de aréola e mamilo são descritos. Nestes casos pode haver necessidade de reconstrução. Qualquer procedimento cirúrgico é passível de complicações e insatisfação pós-operatória.

11. Qual o tipo da anestesia utilizada?
R: Anestesia geral, ou local com sedação assistida, a critério do anestesista.

12. Quanto tempo dura o ato cirúrgico?
R: Dependendo de cada tipo de mama, a média é de 3 horas.

13. Qual o período de internação?
R: Geralmente 12 ou 24 horas.

14. São utilizados curativos?
R: Sim. Curativos com fitas micropore juntamente com sutiã, por 60 dias.

15. Quando são retirados os pontos?
R: São retirados em torno do 7º ao 15º dia, sem maiores incômodos.

16. Quando poderei tomar banho completo?
R: Geralmente após 7 dias. Alguns casos poderão determinar cuidados sobre a área operada, sendo então recomendado evitar deixar úmida essa área pelo tempo suficiente para cicatrização.

17. Qual a evolução pós-operatória?
R: Você não deve esquecer que, até que se atinja o resultado almejado, as mamas passarão por diversas fases (ver itens 1 e 5). Se lhe ocorrer a preocupação no sentido de “desejar atingir o resultado definitivo antes do tempo previsto”, não faça disso motivo de sofrimento: tenha a devida paciência, pois, seu organismo se encarregará espontaneamente de dissipar todos os transtornos imediatos que, infalivelmente chamarão a atenção de alguma amiga, que não se furtará a observação: será que isso vai desaparecer mesmo?. É evidente que toda e qualquer preocupação de sua parte deverá ser a nós transmitida. Para sua tranquilidade, daremos os esclarecimentos necessários ou nos empenharemos para que se atinja o resultado almejado.

18. Quando poderei retornar a minha ginástica?
R: Geralmente após 45 dias.

Importante: qualquer procedimento cirúrgico necessário para retoques desta cirurgia não acarretará em ônus relativo a equipe médica devendo a paciente pagar apenas a clínica e o material gasto na cirurgia. Qualquer procedimento cirúrgico é passível de complicações e problemas pós operatórios, que devem ser discutidos anteriormente com seu cirurgião. Sendo o corpo humano um sistema biológico, passível de problemas imprevisíveis, nenhum cirurgião pode garantir que o resultado pós operatório será aquele idealizado pela(o) paciente. Cabe ao médico decidir sobre a data de qualquer procedimento pós operatório necessário.
Leia com atenção e anote suas dúvidas. Não faça qualquer procedimento sem esclarecer suas dúvidas com seu médico assistente.