Mastopexia e mamoplastia redutora

 

O que é?

A mamoplastia redutora é a cirurgia realizada no intuito de diminuir e, se necessário, levantar as mamas hipertrofiadas (grandes). Também pode ser utilizada para levantar as mamas que estão com ptose (queda mamária).
A hipertorfia (aumento de volume) é hereditária, e pode se acentuar durante a adolescência. A ptose mamária ocorre pela quebra da relação conteúdo/continente das mamas. O conteúdo das mamas é formado pela glândula mamária e a gordura ao seu redor. O continente é o envoltório de pele e tecido subcutâneo e é auxiliado na sustentação por dois tênues ligamentos internos, que fixam a mama ao músculo peitoral e à clavícula.
Dentre as causas da ptose (queda) estão:
– A ação da gravidade (que distende a pele e os tênues ligamentos mamários)
– As hipertrofias (que facilitam essa ação)
– A diminuição da quantidade de glândula e o aumento da gordura (processo natural de envelhecimento da mama)
– A gravidez e o aleitamento, que geram períodos de aumento e diminuição do volume das mamas
– A obesidade seguida de emagrecimento

Mamoplastia Redutora Mamoplastia Redutora
Hipertrofia mamária com ptose. Ptose grau IV (grave) com
pouca ou nenhuma hipertrofia

 

Como é feita a cirurgia?

Após anestesia, realiza-se a incisão que retira a quantidade de pele excedente da mama. Faz-se a ressecção (retirada) do tecido mamário em excesso quando necessário. Realiza-se um reposicionamento da glândula e sua fixação. Realiza-se a cauterização dos vasos sangrantes. Realiza-se sutura cuidadosa, reconstituindo os tecidos.
O resultado final pode ser uma cicatriz periareolar acrescida de um T invertido, um L invertido, um I, ou somente a cicatriz periareolar dependendo do volume da mama e da flacidez de pele.

 

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Para quem é indicado?

Para as pessoas com:
– Hipertrofia mamária – aumento das mamas (leves, moderadas ou severas), com ou sem ptose, desde que após 3 a 4 anos da primeira menstruação (menarca).
– Involução mamária pós-parto ou amamentação, com ptose – queda mais acentuada, que não seja corrigível através de colocação de próteses, ou quando a paciente não deseje esse procedimento.
– Ptoses – queda – mamárias, com ou sem hipertrofia (aumento).
– Diferenças de tamanho entre as mamas (Assimetrias leves, moderadas ou severas), com ou sem ptose.

 

Como é a anestesia?

A anestesia pode ser local, bloqueio intercostal, peridural ou local com sedação. A escolha depende do volume das mamas: quanto maiores, maior a necessidade de uma anestesia mais abrangente (geral ou peridural).
Dura aproximadamente o tempo da cirurgia.

 

Quanto tempo dura a cirugia?

Entre 2 e 3 horas, variando de acordo com o volume das mamas.

 

Quanto tempo dura a internação?

Habitualmente, 12 horas, podendo estender-se a 24 horas, nos casos de mamas muito volumosas.

 

Como é o pós-operatório?

Em geral é bem tolerado. Raramente é doloroso. A paciente deve ficar afastada de esforços por 30 dias. Deve-se observar as orientações de repouso com os braços para que não ocorra abertura das cicatrizes. A movimentação dos braços será muito limitada no 1º mês, e liberada gradativamente. São realizados curativos nas mamas por 2 meses, e existe a necessidade do uso de sutiã apropriado também por 2 meses. A prática de esportes poderá ser retomada após 2 meses.

 

Há alguma complicação?

As complicações que ocorrem logo após a cirurgia até 5 a 7 dias são o hematoma, seroma e a infecção, que têm taxas reduzidíssimas, quando observados todos os cuidados pós operatórios prescritos.
Posteriormente, pode ocorrer a abertura (deiscência) das cicatrizes que está diretamente ligada ao repouso com os braços. Além dessa, pode ocorrer rejeição aos pontos, formando pequenos abscessos como em foliculites (pêlos encravados), sendo facilmente sanada pelo médico.
Hipertorfia de cicatrizes (cicatrizes altas e avermelhadas) e quelóides podem ocorrer. Sãão reações do próprio indivíduo, podendo ser tratadas pelo médico.
Como todas as cirurgias, ainda existem os riscos anestésicos, e sistêmicos (tromboembolismos, choque, etc.) que devem ser bem pesquisados no pré-operatório, e que têm se tornado cada vez menores com os avanços da medicina

 

Como é o resultado definitivo?

Em torno de 1 mês ocorre a reabsorção de 80% do inchaço (edema), dando boa noção de como a mama ficará.
Do 30º dia ao 6º mês a mama ganha maior harmonia e melhor consistência pelo acomodamento dos tecidos e da cicatriz.
As cicatrizes só são consideradas como definitivas após o 12º mês.

 

Recomendações pós-operatórias

1. Alimentação:
Após a cirurgia, deverá ser branda para evitar enjôos. No dia seguinte a dieta é normal.

2. Posições:
– O repouso é relativo, sendo maior no primeiro dia. Posteriormente, são necessárias pequenas caminhadas dentro de casa.
– Ao dormir: de barriga para cima, com um travesseiro alto ou almofada debaixo da cabeça. Os braços devem ficar sempre juntos ao corpo. Se necessário, amarrar uma faixa de roupão ao redor da cintura. (durante 1 mês).
– Ao levantar-se: com ajuda, sem apoiar os braços para levantar (nos primeiros 15 dias).
– Nos primeiros 30 dias, manter os cotovelos sempre junto à cintura.
– Após os primeiros 30 dias, os cotovelos poderão ser levantados até a altura dos ombros.
– Após 60 dias a movimentação dos braços poderá ser normal.
– Não carregar pesos, nos primeiros 15 dias

3. Banhos:
Os curativos cirúrgicos não poderão ser molhados nos primeiros 7 dias. O banho, neste período, deve ser tomado de chuveirinho e com compressas úmidas.

4. Cintas e corpetes:
Devem ser usados ininterruptamente. Se for necessário lavá-los, retirar os mesmos em posição deitada e assim permanecer até que os mesmos se encontrem secos para serem recolocados.

5. Medicação:
Serão prescritos anti-inflamatórios e analgésicos comuns, por um período médio de 5 dias.

6. Retornos:
Os retornos são semanais por 60 dias, e mensais até o 4º mês.
Essas frequências podem ser alteradas de acordo com a necessidade clínica.

Perguntas frequentes
(fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica)