Tratamento de ex-obesos

 

O que é?

Após grandes emagrecimentos, seja por cirurgia de redução gástrica ou espontaneamente, ocorre perda drástica do volume de gordura em todo o corpo. A diminuição dessa gordura, que antes provocava o estiramento da pele e a perda de sua elasticidade, gera um abaulamento das áreas mais propensas à flacidez, como o abdômen, a face interna das coxas e a porção interna dos braços.
A dermolipectomia abdominal, de coxas, ou a braquial (do braço) visa retirar este excesso de pele, proporcionando um contorno mais natural e menos flácido. Ainda podem ser necessárias retiradas de pele em outros locais, nos casos de emagrecimento muito acentuado, como nos culotes e costas.

 

Como é feita a cirurgia?

As cirurgias são feitas com as técnicas habituais, retirando o excesso de pele e reorganizando os músculos, nos casos indicados.
Na abdominoplastia pós-emagrecimento, muitas vezes optamos por uma incisão do tipo âncora (longitudinal mediana em todo o abdômen, e semicircular no 
abdômen inferior), pois ela nos permite retirar também o excesso de pele nas laterais do abdômen, e porque a maior parte dos pacientes já apresenta uma cicatriz longitudinal no abdome superior (acima do umbigo).
A dermolipectomia dos braços pode ser feita com um cicatriz posicionada apenas na axila, ou, nos casos de flacidez mais severa, a cicatriz se estende longitudinalmente na face interna dos braços até o cotovelo.
Da mesma forma, na dermolipectomia das coxas, a retirada de pele pode ser feita apenas através de uma cicatriz na região da virilha até o sulco glúteo, e, nos casos mais severos, uma cicatriz longitudinal na face interna da coxa que se estende da virilha ao joelho.

 

Como é a anestesia?

A anestesia é geral para a dermolipectomia dos braços, peridural para a das coxas e abdômen.  Dura aproximadamente o tempo da cirurgia.

 

Quanto tempo dura a cirurgia?

Aproximadamente 3 horas nas cirurgias de braço e abdômen e 4 horas nas cirurgias de coxa.

 

Quanto tempo dura a internação?

De 12 a 24 horas.

 

Como é o pós-operatório?

Em geral é bem tolerado. Raramente é doloroso.  O paciente deverá ficar afastado de esforços por 30 dias.  Deve-se manter repouso relativo por aproximadamente 10 dias.  O abdômen fica enfaixado nas primeiras 24 horas. Ultrapassado esse período posiciona-se a cinta abdominal.  Na maioria das vezes permanece-se com um dreno abdominal por 5 dias.  Os braços e as coxas recebem a cinta no pós-operatório imediato.  A dor é facilmente controlável com analgésicos comuns.  Há necessidade de andar com o tronco levemente encurvado por quinze dias.  São realizados curativos na cicatriz por 2 meses. É necessário o uso de cinta apropriada, também por 2 meses.  A prática de esportes poderá ser retomada após 2 meses.

 

Há alguma complicação?

As complicações que ocorrem logo após a cirurgia (de 5 a 7 dias) são o hematoma, seroma e a infecção, que têm taxas reduzidíssimas, quando observados todos os cuidados pós operatórios prescritos.
Posteriormente pode ocorrer a abertura (deiscência) das cicatrizes que está diretamente ligada ao repouso com os membros e abdômen. Além disso, pode ocorrer rejeição aos pontos, formando pequenos abscessos como em foliculites (pêlos encravados), sendo facilmente sanados pelo médico.
Hipertorfia de cicatrizes (cicatrizes altas e avermelhadas) e quelóides podem ocorrer, e são reações do próprio indivíduo, podendo ser tratadas pelo médico.
Como todas as cirurgias, ainda existem os riscos anestésicos, e sistêmicos (tromboembolismos, choque, etc.) que devem ser bem pesquisados no pré- operatório, e que têm se tornado cada vez menores com os avanços da medicina.

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Como é o resultado definitivo?

Em torno de 1 mês ocorre a reabsorção de 80% do inchaço (edema), dando boa noção de como a região ficará.
Do 30º dia ao 6º mês, a região ganha maior harmonia e melhor consistência pelo acomodamento dos tecidos e da cicatriz.
As cicatrizes só são consideradas como definitivas após o 12º mês

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